Descubra o que é a rinite alérgica e quais são os efeitos dela no seu organismo
Coriza, nariz entupido, espirros frequentes. Quem sofre com algum tipo de alergia sabe o quanto ela incomoda quando resolve atacar, especialmente em épocas de temperaturas mais baixas. São vários os tipos de alergia que existem e a mais comum é a rinite alérgica. Estima-se que cerca de 35% da população adulta tem ou já teve rinite em algum momento.
Mas o que é a rinite alérgica? Como ela pode afetar o seu sistema imunológico? Se você ficou curioso, leia esse artigo até o final e saiba mais sobre esse importante assunto.
O que é a rinite alérgica?
Conhecida popularmente como alergia nasal, a rinite alérgica é uma reação natural do sistema imunológico do corpo à partículas inaladas que são consideradas estranhas. Essas substâncias invasoras são chamadas de alérgenos, ou seja, a rinite é um quadro de inflamação das mucosas da cavidade nasal que é causada por uma reação exagerada do sistema imune as partículas alérgenas do ar.
A rinite alérgica é bem semelhante à gripe, mas tem mecanismos e causas diferentes, pois gripes e resfriados são causados por vírus. A rinite é uma inflamação do revestimento interno do nariz e os sintomas tem início poucos minutos após o contato com o agente causador, que na maioria das vezes são poeira doméstica e ácaros.
O nariz é a porta de entrada do ar e de todas as substâncias carregadas por ele e tem função de filtrar as impurezas, umidificar e aquecer o ar que chegará até os pulmões. A pessoa alérgica tem uma reação exagerada dos alérgenos e seu sistema imunológico reage de forma intensa a esses agentes invasores na tentativa de defesa do organismo.
Quando acontece a crise de rinite alérgica, a pessoa apresenta obstrução nasal, coriza, coceira no nariz e espirros. O problema se agrava se ela apresentar pré-disposição para a asma, podendo ter crises severas como falta de ar e cansaço extremo. Dependendo do grau da crise de rinite, é necessária intervenção médica urgente se o caso do paciente for muito grave.
A maioria das alergias apresentam um componente genético. Quando os pais e mães tem rinite, a probabilidade dos filhos apresentarem o problema chega a 50%. Quando a pessoa que possui pré-disposição genética entra em contato com algum agente causador da rinite alérgica, surgem as crises e ela não consegue tolerar mais o contato com determinadas substâncias.
O que é alergia?
Alérgeno caracteriza-se por toda e qualquer partícula que tenha a capacidade de provocar uma reação alérgica, que nada mais é do que uma reação do sistema imunológico a agentes estranhos. A maioria dos alérgenos podem entrar em contato com o seu corpo através de:
– Inalação direta de pólen, fumaça, produtos químicos e poeira.
– Ingestão de certos tipos de alimentos, remédios e suplementos.
– Contato com a pele como substâncias químicas, perfumes e cosméticos.
– Inoculação na pele como picadas de insetos.
Vale lembrar que a causa da reação alérgica não é a ação direta e ativa do alérgeno, mas a reação exagerada do organismo ao entrar em contato com o mesmo. Isso explica o motivo que algumas pessoas têm alergia a determinadas substâncias e outras não apresentam nenhum tipo de sintoma.
Tipos de rinite
Existem dois tipos de rinite que podem ser ou não alérgicas. A rinite alérgica, que é a forma mais comum de rinite, é causada geralmente por alérgenos presentes no ar como o pólen, ácaro e descamação da pele de animais. Ela também pode ser provocada por reação alérgica à coceira, cigarros, produtos químicos e remédios.
A rinite não alérgica, conhecida como rinite vasomotora, geralmente é causada por algum tipo de inflamação que não é decorrente de alergia ou por algum outro problema na própria anatomia das vias respiratórias. Apesar de não ser tão comum como a rinite alérgica, acomete cerca de 5% da população adulta.
Sinais da rinite
Um dos sinais típicos da rinite alérgica são: acentuação das linhas das pálpebras inferiores e escurecimento da pele abaixo dos olhos, parecendo uma olheira. A rinite alérgica em alguns indivíduos, pode ocorrer de forma sazonal, durando entre 7 e 10 dias.
Geralmente ela costuma aparecer em determinadas épocas do ano. Contudo, muitas pessoas costumam apresentar quadro de rinite alérgica constante e apresentam inúmeras crises ao longo de todo o ano.
Essas pessoas, em sua maioria, são aquelas que ficam expostos aos alérgenos de forma constante, seja em casa ou no trabalho. Se o paciente convive em um meio onde está exposto o agente causador da rinite de forma frequente, a tendência é que os sintomas fiquem cada vez piores. O problema é que cada vez uma menor quantidade de alérgeno é capaz de desencadear as crises de rinite.
Algumas pessoas podem se tornar tão sensíveis que até mesmo outros fatores podem desencadear as crises de rinite alérgica. Os principais são: cheiro forte de alguns alimentos ou substâncias, exposição do frio excessivo e fumaça. Se você se encontra nessa situação, evite ficar exposto a esses fatores, ao máximo. Vale ressaltar que somente um médico otorrino é que pode fazer um diagnóstico preciso do tipo de rinite que você tem.
Diagnóstico da rinite alérgica
O diagnóstico da doença é feito por um especialista através do exame clínico com auxílio de exames complementares, como os testes alérgicos, exames de sangue, dentre outros. Os testes de alergia podem revelar os alérgenos que desencadeiam os sintomas da rinite alérgica. O teste feito na pele é considerado o mais preciso para testar e identificar as alergias da rinite.
Caso o paciente não puder realizar o teste cutâneo por apresentar uma reação alérgica grave, exames de sangue específicos podem ajudar o diagnóstico. Eles podem medir os níveis de substâncias específicas relacionadas a imunoglobulina, que é um importante anticorpo produzido pelo organismo contra os alérgenos. Um hemograma completo também pode ajudar a detectar as possíveis alergias presentes no organismo.
É extremamente importante que você relate todos os sintomas para o médico para que o diagnóstico seja o mais preciso possível. Algumas informações como a época do ano em que os sintomas se tornam mais evidentes ou se foi detectado alguma substância que desencadeou as crises, podem ajudar e muito o diagnóstico médico. Mas como a rinite alérgica afeta o sistema imunológico?
Produção excessiva de anticorpos
As pessoas que sofrem com as crises de rinite alérgica, o sistema imunológico delas fabrica uma grande quantidade de anticorpos, conhecidos como imunoglobulinas. Essa substância é o anticorpo da alergia a várias substâncias como as citadas acima. Em geral, essa superprodução é uma caraterística hereditária, que é transmitida dos pais para os filhos.
Na primeira fase, quando o alérgico inala a poeira, por exemplo, o sistema imunológico é obrigado e estimulado a produzir esses anticorpos de forma exagerada. Eles se fixam em um tipo de glóbulos brancos, também conhecidos como leucócitos. Dessa forma, eles ficam impregnados de imunoglobulinas e quando ocorre uma nova inalação de poeira ou algum outro agente causador da alergia, ela reage de forma intensa.
Obstrução nasal
Durante o processo também ocorre a liberação de várias substâncias que atuarão sobre o mucosa do nariz, provocando vasodilatação. A mucosa, que é a parte interna do nariz, fica inchada e por isso o nariz entope, dificultando e muito a respiração, principalmente quando se está deitado. Enquanto isso, essas substâncias estimulam as glândulas produtoras de muco a produzirem tudo em excesso, originando a secreção durante as crises de rinite alérgica.
As substâncias liberadas pelos leucócitos provocam uma grande irritação das terminações sensitivas do nariz, provocando muita coceira e intermináveis espirros. Em suma, a pessoa alérgica espirra muito, fica com o nariz constantemente entupido e escorrendo. Esse é o diagnóstico da rinite alérgica.
Produção excessiva de histamina pelo corpo
Uma das substâncias liberadas pelos leucócitos é a histamina, que é a mediadora das crises de rinite alérgica. Por esse motivo, os médicos receitam medicamentos anti-histamínicos que neutralizam o efeito da histamina no corpo, provocando uma sensível melhora dos sintomas.
Na verdade, o principal agente alérgico é o conhecido ácaro, que se alimenta das células mortas da pele humana e que são encontrados praticamente em toda casa, em especial, em colchões, travesseiros, tapetes e bichos de pelúcia.
A histamina provoca os seguintes sintomas, além dos já conhecidos: olhos vermelhos, coçando e lacrimejando, garganta coçando ou inchada, gotejando pós tosse. Todos esses sintomas da rinite alérgica irritam bastante, principalmente na hora de dormir.
A principal recomendação é sempre consultar um médico quando você sentir qualquer um desses sintomas e nunca se automedicar, pois todos os remédios têm efeitos colaterais.
O recomendável é agendar uma consulta com o seu médico e obter o diagnóstico correto para o problema. A Camim trabalha com uma equipe de médicos especialistas e leva até você um dos melhores planos de saúde no Rio de Janeiro.
Ainda tem dúvidas sobre o que é a rinite alérgica e como ela pode afetar seu sistema imunológico? Em nosso blog você encontra um artigo especial explicando quais são os principais sintomas da rinite para que você possa se prevenir corretamente!